No dia 21 de julho de 2012, das 13h às 18h, farei novo curso dentro dos estudos de Filosofia da Espiritualidade que venho realizando desde o ano passado. Desta vez o alvo de nossa atenção será “O Mahabharata“, “grande poema do mundo”, no qual se revelam as origens, crenças e personagens mitológicos da cultura oriental.
O Mahabharata reúne cerca de 100 mil estrofes divididas em 18 seções e livros – volume equivalente a 15 bíblias. Seus primeiros relatos datam do século IV ou V a.C; apenas no século III ou IV da nossa era a epopéia encontrou uma forma próxima à definitiva.
Segundo Jean-Claude Carrièri, cineasta famoso que estudou os manuscritos originais por 16 anos, O Mahabharata é um “imenso poema que descreve com uma refinada majestade o curso de um rio de riquezas inesgotáveis e desafia qualquer tipo de análise – estrutural, temática, histórica ou psicológica”.
Quando entramos em contato com a sua leitura, abrem-se sem cessar portas que conduzem a outras portas, sendo impossível se obter uma análise conclusiva do livro, visto ser uma grande obra aberta.
A mensagem de “O Mahabharata” é atualíssima: o livro mostra que vivemos em tempos da destruição e nos pergunta como podemos evitá-la? O conteúdo simbólico é riquíssimo e aberto a múltiplas interpretações, seja na área filosófica, psicanalítica, ambiental, artística, social, cultural, religiosa, etc.
Escrita pelo deus Ganesha, a história é narrada pelo poeta Vyasa com o objetivo de “inscrever o darma no coração do homem“.
Darma é a lei que rege a ordem do universo, mas é também a ordem pessoal que todo homem traz em si e à qual deve obedecer. Se respeitado, o darma de cada um garante a ordem cósmica: caso contrário: destrói.
Quem puder ler o livro “O Mahabharata” contado por Jean-Claude Carrièri, pela Editora Brasiliense, cujo poema o autor adaptou em forma de narrativa, verá que o texto sagrado apresenta uma relação direta entre o uno e o múltiplo, entre o particular e o geral, algo tão importante ao pensamento indiano.
O próprio título da obra reflete essa reciprocidade. Maha significa “grande” e “total”. Bharata é o nome de um sábio lendário e, dep0is, o de uma família ou clã. Assim, chegamos à Grande História dos Bharata. Mas, por extensão, Bharata significa “hindu” e, mais genericamente, “homem”. O título pode ser compreendido, portanto, como A Grande História da Humanidade“.
Não é à-toa que uma tradição indiana registra: “Tudo o que se encontra em O Mahabharata está em outra parte. O que não está nele, não está em parte alguma”.
Ler, aprender e meditar sobre o texto de O Mahabharata equivale a uma imersão plena em um mar de imensa sabedoria, algo que pode transformar-nos em seres mais conscientes e respeitosos para com a vida, em todas as suas dimensões.
Local do curso: Centro de Estudos Psicanalíticos e Filosóficos da Transpsicanálise.
Rua do Bosque, 1589 – cj 608 – sexto andar – Edifício Pallatino – Barra Funda – São Paulo-SP.
Telefone para contato: (11) 3872-7572 ou (11) 9865-7868
Horário: das 13h às 18h – Dia 21 de julho de 2012.
Investimento: R$130,00 (com direito a coffee-break, apostila e certificado com 5 h/a)
Professor: Marc André da Rocha Keppe
Mini-curriculum: Psicanalista, psicólogo, Mestre em Psicossomática pela PUC-SP e Doutorando em Psicologia Social na Universidade de São Paulo
(Contato pelo Facebook através do nome: Marc André da Rocha Keppe)
